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UEZO avança nas pesquisas sobre o tratamento da endometriose
UEZO avança nas pesquisas sobre o tratamento da endometriose
De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, 10% a 15% das brasileiras em idade reprodutiva tem endometriose. A doença se caracteriza por uma inflamação causada pelo deslocamento de células do endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero. Quando não há fecundação, essas células devem ser eliminadas durante a menstruação mas, em alguns casos, elas atingem outros órgãos e se multiplicam, provocando a lesão endometriótica.
A endometriose é comum, mas o diagnóstico e o tratamento da doença ainda são complicados. Alguns sintomas podem passar despercebidos pelas pacientes. Muitas mulheres até apresentam sinais como cólicas frequentes, dores durante as relações sexuais e alterações urinárias, no entanto, só descobrem que tem endometriose quando se deparam com a infertilidade, uma das possíveis consequências da doença. Situação que chamou a atenção de Daniel Escorsim Machado, docente do curso de Farmácia da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Há dez anos, ele faz pesquisas sobre a endometriose.
Em 2009, Daniel montou, juntamente com a professora Jamila Perini, um grupo de pesquisa na Fundação para trabalhar com o assunto. Ao longo dos anos, pesquisadores e alunos bolsistas vêm estudando modelos experimentais de endometriose na busca de um tratamento clínico efetivo e de um diagnóstico não invasivo. Para isso, a equipe da UEZO firmou parcerias com outras instituições, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz e o Hospital das Clínicas de São Paulo.
– Nós induzimos a doença nos nossos modelos experimentais e a partir daí fazemos tratamentos específicos com diversos tipos de substâncias para tentar diminuir as lesões. Nossa intenção é justamente achar substâncias eficazes no tratamento da endometriose, explica o professor Daniel Escorsim.
Em paralelo, uma segunda frente de pesquisa, coordenada por Jamila Perini, avalia a epidemiologia e os aspectos moleculares e genéticos da doença.
– Temos interesse em descrever o perfil epidemiológico das mulheres com endometriose que são atendidas no serviço de saúde da rede pública e também em avaliar a influência de fatores genéticos que podem estar associados ao desenvolvimento da endometriose. É nesta parte do projeto que nós contamos com a parceria já estabelecida com o Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio, com o Hospital Federal da Lagoa, também do Rio e com o Hospital das Clínicas de São Paulo, que nos cedem as amostras de DNA, explica a professora.
Daniel Escorsim comemora os resultados das diferentes pesquisas realizadas até o momento. Para ele, a equipe está perto de ter boas notícias para as pacientes que sofrem com a endometriose:
– Estamos caminhando no sentido de encontrar resultados positivos; caminhando para o avanço no tratamento da doença, conclui.
Uma nova linha de investigação
Em 2013, a equipe da UEZO foi procurada por docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro para desenvolver um trabalho em conjunto. A partir dos modelos experimentais já desenvolvidos pelo grupo de pesquisa da Zona Oeste, a UFRJ propôs desenvolver novas substâncias para serem testadas, não apenas nos modelos relacionados à endometriose, mas também ao câncer de mama.
Dessa ideia nasceu o projeto intitulado “Caracterização e desenvolvimento de biofármacos antiangiogênicos para o tratamento de câncer de mama e endometrioses”, contemplado no início desse ano pelo edital do Programa Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). O projeto, coordenado por Patricia Zancan, da Faculdade de Farmácia da UFRJ, também conta com a participação de outro professor da mesma instituição, Renato Sampaio Carvalho e dos professores Arnado Couto e Wagner Santos Coelho, da UEZO.
Grupo de Pesquisa do projeto Caracterização e desenvolvimento de biofármacos antiangiogênicos para o tratamento de câncer de mama e endometriose: prof. dr. Daniel Escorsim Machado, profa dra. Jamila Perini, prof. dr. Arnaldo César Couto e prof. dr. Wagner Santos Coelho (Curso de Farmácia/UEZO); profa. dra. Patricia Zancan, prof. dr. Renato Sampaio Carvalho (Faculdade de Farmácia/UFRJ); bolsistas Aline Cristina Silva de Jesus, Hayra de Andrade Vieira Monteiro e Jéssica Vilarinho Cardoso (mestrandas Fiocruz), Carolina Martins Pessôa Silva e Caroline Passos Caldas Ramos (IC Faperj), Jessica Perini (TCT4 Faperj), Rayra Compan Ferreira (ex-bolsista Faperj), Isis Rosa M
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